25 de abr. de 2009
Orfandade - Sesc Taubaté
Orfandade
texto Adélia Prado
direção Munish
atriz Tatiane Camargo
Sesc Taubaté
30/04/2009
17:00h
"Meu pai pintou a casa toda de alaranjado brilhante durante muito tempo moramos numa casa, como ele mesmo dizia: constantemente amanhecendo." (Adélia Prado)
8 de abr. de 2009
O Canto de Adélia
por Cris Urbinatti
Perdidas no centro da cidade de São Paulo, começo de noite do dia 29/06, eu e minha amiga Tatis procurávamos o Sesc Carmo. Estação Sé onde tudo pode acontecer... O evento esperado: Encontro com a Poetisa Adélia Prado.
Entramos em contato com os textos desta encantadora mulher ao criarmos o espetáculo Orfandade para a Cia. Polivox. Suas palavras são um encontro com o passado e o contato com o cotidiano pueril e poético.
Depois de algumas informações equivocadas chegamos ao prédio do Sesc e ansiosas por conhecer esta mulher que nos acompanhou anonimamente durante mais de um ano de processo criativo. Rindo de nós mesmas, estávamos eu e Tatis procurando a sala de apresentação. Entramos no pequeno e aconchegante espaço da biblioteca e tomamos nossa posição: segunda fileira ao centro (pois a primeira já estava tomada). A sala foi ficando lotada de adoradores da boa literatura. Todos agitados com a oportunidade do encontro.
O relógio anunciou o momento, às 19 horas. Adélia Prado entra seguida de alguns rapazes bem vestidos. Ela entra com uma vivacidade imperial que nada lembra seus 70 anos de idade completados no fim do ano passado. Uma senhora linda, elegante e cativante sentou-se diante de todos os olhares admirados de leitores e fãs.
Após o atraso de um dos rapazes, o início. Fernando Araújo (violão), Carlos Ernest (oboé), Mauro Rodrigues (flauta e trilha sonora) e Cláudio Urgel (violoncelo) deram os primeiros acordes para a agradável noite que ganhava um sabor inestimável. Até que as palavras de Adélia começaram a ecoar pelo pequeno espaço, na voz forte da própria autora. Uma hora e meia se passaram com a delicadeza deste canto de Adélia Prado que nos transportou para lugares semelhantes aos vividos pela poetisa em sua Divinópolis. Lugares que se escondem dentro de nossos corações, lembranças que nos alimentam em nossa trajetória, histórias que ficaram em algum canto de nossos caminhos passados e a ânsia em vivenciar amores que surgem em seus poemas.
Ao fim, formou-se uma fila para os autógrafos e lá estava ela, receptiva e acolhedora com todos que se aproximavam de olhos lacrimejando, extasiados pela proximidade com a aquela que nos fez emocionar.
Eu e Tatis fomos as últimas a abordá-la e a agradecê-la. Em nenhum momento foi displicente com alguém. Recebeu a todos com carinho e alegria, observada pelo olhar e a presença forte de seu marido, Zé Freitas. Ficamos encantados com a forma como ela se doou a noite toda e o prazer que existia no modo como se conectava com as pessoas.
Não existe nome mais propício para a cidade de onde veio esta que encanta com suas palavras. Divinópolis nos presenteou com uma diva. Diva, palavra formada com as letras da palavra Vida. Foi o que vimos hoje, uma perfeita comunhão de vida, com a divina presença do amor. Agradeço ao universo pela oportunidade do encontro com a divina diva de Divinópolis, Adélia Prado.
Neurolinguística
"Quando ele me disse
ô linda,
pareces uma rainha,
fui ao cúmice do ápice
mas segurei meu desmaio.
Aos sessenta anos de idade,
vinte de casta viuvez,
quero estar bem acordada,
caso ele fale outra vez."
(Adélia Prado - Oráculo de Maio)
Foto encontrada na internet
Texto retirado do blog:
http://www.estradasdesilencioesonhos.blogspot.com/
publicado em 10/06/2006
Perdidas no centro da cidade de São Paulo, começo de noite do dia 29/06, eu e minha amiga Tatis procurávamos o Sesc Carmo. Estação Sé onde tudo pode acontecer... O evento esperado: Encontro com a Poetisa Adélia Prado.
Entramos em contato com os textos desta encantadora mulher ao criarmos o espetáculo Orfandade para a Cia. Polivox. Suas palavras são um encontro com o passado e o contato com o cotidiano pueril e poético.
Depois de algumas informações equivocadas chegamos ao prédio do Sesc e ansiosas por conhecer esta mulher que nos acompanhou anonimamente durante mais de um ano de processo criativo. Rindo de nós mesmas, estávamos eu e Tatis procurando a sala de apresentação. Entramos no pequeno e aconchegante espaço da biblioteca e tomamos nossa posição: segunda fileira ao centro (pois a primeira já estava tomada). A sala foi ficando lotada de adoradores da boa literatura. Todos agitados com a oportunidade do encontro.
O relógio anunciou o momento, às 19 horas. Adélia Prado entra seguida de alguns rapazes bem vestidos. Ela entra com uma vivacidade imperial que nada lembra seus 70 anos de idade completados no fim do ano passado. Uma senhora linda, elegante e cativante sentou-se diante de todos os olhares admirados de leitores e fãs.
Após o atraso de um dos rapazes, o início. Fernando Araújo (violão), Carlos Ernest (oboé), Mauro Rodrigues (flauta e trilha sonora) e Cláudio Urgel (violoncelo) deram os primeiros acordes para a agradável noite que ganhava um sabor inestimável. Até que as palavras de Adélia começaram a ecoar pelo pequeno espaço, na voz forte da própria autora. Uma hora e meia se passaram com a delicadeza deste canto de Adélia Prado que nos transportou para lugares semelhantes aos vividos pela poetisa em sua Divinópolis. Lugares que se escondem dentro de nossos corações, lembranças que nos alimentam em nossa trajetória, histórias que ficaram em algum canto de nossos caminhos passados e a ânsia em vivenciar amores que surgem em seus poemas.
Ao fim, formou-se uma fila para os autógrafos e lá estava ela, receptiva e acolhedora com todos que se aproximavam de olhos lacrimejando, extasiados pela proximidade com a aquela que nos fez emocionar.
Eu e Tatis fomos as últimas a abordá-la e a agradecê-la. Em nenhum momento foi displicente com alguém. Recebeu a todos com carinho e alegria, observada pelo olhar e a presença forte de seu marido, Zé Freitas. Ficamos encantados com a forma como ela se doou a noite toda e o prazer que existia no modo como se conectava com as pessoas.
Não existe nome mais propício para a cidade de onde veio esta que encanta com suas palavras. Divinópolis nos presenteou com uma diva. Diva, palavra formada com as letras da palavra Vida. Foi o que vimos hoje, uma perfeita comunhão de vida, com a divina presença do amor. Agradeço ao universo pela oportunidade do encontro com a divina diva de Divinópolis, Adélia Prado.
Neurolinguística
"Quando ele me disse
ô linda,
pareces uma rainha,
fui ao cúmice do ápice
mas segurei meu desmaio.
Aos sessenta anos de idade,
vinte de casta viuvez,
quero estar bem acordada,
caso ele fale outra vez."
(Adélia Prado - Oráculo de Maio)
Foto encontrada na internet
Texto retirado do blog:
http://www.estradasdesilencioesonhos.blogspot.com/
publicado em 10/06/2006
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